Mais amor, por favor, Em um labirinto urbano eu ando, O silêncio da noite, a me acompanhar, As flores nascem belas, mas murcham ao luar.
Devolva a minha vida, grito ao vento, Você não irá para o céu, A vida é um milagre diário, um momento, Sobrevivente do caos, da maldade, do medo.
Quero um gole de vida, um êxtase sem par, Um grito de liberdade a ecoar no ar, O espiritual se mostra a cada instante, Ando sozinho, mas não me sinto distante.
Almas tão vazias, a vaidade que enlouquece, Eu queria te pedir algo, seja real, sem mentira, Tira esse sorriso falso e mostre quem é Tudo precisa de um tempo, precisa manter o charuto acesso para queimar, Deixa tudo arder, sinto o calor
Expectativas, projeções de desejos, frustrações, Pensei que deveria ter paciência em minhas ações, Na mesa de um bar, o copo meio vazio, o barulho, É apenas o silêncio do que ecoa em meu orgulho.
Então não diga nada, deixe-me te olhar, Ver o rímel borrado, tomar o último gole, lamentar e ir embora A moça não aguentará, a noite ira terminar, Gritarei para me ouvir, sem me calar jamais.
Viver assim é quase suicídio, uma utopia a se buscar, Eu sei provocar, dominar, mas nada quero ganhar, Quem fala demais, nada vive, é a verdade, Me desculpe, por um momento, minha sinceridade.
Se uma criança chorar, daria colo, será? Posso ser forte, mas meu coração sente a dor me convidando para dançar, Falo demais, transbordo, sou demais em tudo, Confesso, os dias iguais me fazem mal, eu sei.
Sou inconstante, mas minha alma fala, ecoa, Basta me olhar, fora dos seus olhos, à toa, Não quero roubar seu tempo, já me despeço, Por anos procurei um novo amor, um recomeço.
Troco passos com a solidão, em outro tempo, Sou do mundo e de mim mesmo, um lamento, A lua mudará, e eu voltarei, como a maré, Cheia de esperanças para uma nova pesca, para renascer.
Tenho promessas a cumprir, arrumar, seguir em frente, Não quis me ouvir, vou sair só, independente, Aprendi a dizer não, não aceitar mentiras, falsidade, Neste mundo de ilusões, busco a verdade.